Descrição
A doutrina católica da infalibilidade da Igreja, e particularmente a do papa, traz dificuldades. Essa pretensão frequentemente é considerada abusiva, e às vezes até intolerável, em contradição com a modéstia da ciência, sempre crítica. Por ser a infalibilidade uma questão pouco abordada abertamente, esta obra apresenta uma história teológica ao mesmo tempo favorável e crítica do desenvolvimento dessa doutrina, desde a promessa feita por Jesus a Pedro (Mt 16) até nossos dias. Examinam-se as grandes “crises” ao longo das quais se constituiu a doutrina da infalibilidade: o dom da inerrância no primeiro milênio; a entrada em cena dos canonistas e teólogos dos séculos XI ao XIII; o surgimento do termo no vocabulário eclesiástico e a primeira crise a respeito da convulsão social no século XIV; a crise conciliarista consecutiva ao Grande Cisma do Ocidente; a crise jansenista da questão de fato e de direito; a definição do Vaticano I; o Vaticano II e seus desdobramentos. Ao final do percurso, o autor versa sobre duas questões: a exceção da infalibilidade no quadro da falibilidade geral da Igreja e as posições dos cristãos não católicos em relação a esse dogma. Nesta obra, o discernimento teológico sempre acompanha os dados históricos às vezes surpreendentes.
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